FAMÍLIA

A PRIMEIRA FAMÍLIA

A primeira família foi criada perfeita, mas com livre arbítrio para optar pelo que era certo ou não. Cada ato teve suas conseqüências. Vamos entender.

Iniciemos pensando:

O que podemos fazer para termos "bons casamentos"?

Homens e mulheres têm tentado várias estratégias para assegurar casamentos bem sucedidos, tais como:

- Casar-se com a pessoa mais bonita possível: no entanto, a aparência pessoal não é garantia de que uma pessoa será uma boa companheira.

- Uma cerimônia e uma lua-de-mel espetaculares são o ponto de partida de um bom casamento: porém, estas são coisas que não duram muito tempo.

- Acumular bens antes de casar ou procurar uma pessoa rica com quem casar: também não é condição para felicidade, pois, algumas vezes, parceiros em tal relação assentada sobre a riqueza material gastarão quase tudo que têm para escapar do casamento (divórcio).

Veja bem, não há nada de errado em ser fisicamente atraente, ter uma grande cerimônia e uma lua-de-mel agradabilíssima ou mesmo economizar dinheiro antes do casamento com a esperança de um padrão de vida mais alto.

Cada uma destas coisas pode ser uma bênção para um casamento, mas nenhuma delas resulta necessariamente em um bom casamento.

Se desejamos relações satisfatórias, precisamos abandonar as soluções e valores de sabedoria humana e consultar o manual de casamento escrito por Aquele que criou o casamento no princípio.

Gn 2. 15 Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Édem para o lavrar e guardar.

16 Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente;

17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

18 Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea. (apta, capaz, disposto, hábil)

21 Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar;

22 e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem.

23 Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.

24 Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne.

Deus nos dá condições para ter um bom casamento: 1ª família

Colocou um homem e uma mulher no jardim do édem: companhia e provisão

- Provavelmente eram parecidos fisicamente: mesmo gen (ela foi feita de uma costela dele)

- Tiveram a mesma educação: dada diretamente por Deus

- Só lhes foi pedido uma coisa: não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal:

- A tendência natural do ser humano é prestar mais atenção naquilo que nos falta do que naquilo que temos em abundância . Por exemplo: existem casais felizes em várias áreas, mas que ficam brigando por problemas tão pequenos, que se transformam em grandes/gigantes problemas).

- Satanás só nos tenta naquilo em que somos fracos: percebeu a vontade de comer do fruto?

Dois problemas ocorreram:

1.   CONFIANÇA: EVA

Deus deu a ordem para não comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.

Adão não cercou a árvore porque confiava em Eva (antigamente homens colocavam cinto de castidade nas esposas em que não confiavam).

Num relacionamento tem que haver confiança.

Ela traiu sua confiança.

Ela tinha duas opções: fortalecer a confiança/aliança de Adão nela ou traí-la... escolheu trair sua confiança.

Exemplos de traição da confiança: falta de discrição (comentar sobre os defeitos um do outro para outras pessoas), mentiras, outras prioridades à família (futebol, pescaria, trabalho), adultério (Poucas coisas destroem um casamento mais depressa do que a infidelidade sexual), falta de respeito, egoísmo...

2.   CUMPLICIDADE: ADÃO

Sua aliança não estava suficientemente forte (falta de diálogo, cumplicidade)

Os problemas conjugais quase sempre tem o dedo do casal, raramente é culpa somente de um.

Vemos casais que mantêm um casamento de qualidade, enquanto outros, 

possuidores do mesmo amor e dos mesmos problemas, vivem apenas suportando um ao outro.

Enquanto alguns casais aproveitam ao máximo o casamento, outros mal conseguem permanecer juntos.

O que justificaria situações dessa natureza?

Falta de amor? 

- O que os uniu? Não foi o amor?

- Se gasta muito tempo no relacionamento tentando mudar o outro.

- Muitos vivem numa disputa: de quem foi a culpa, quem compra coisas mais caras; quem fica mais com as crianças; quem fica mais na TV...

São casais que reagem de formas diferentes em situações idênticas: crises financeiras, TPM, excesso de trabalho, falta de tempo juntos.  

Mesmo conscientes do modo como deveríamos agir diante de determinados problemas, optamos por decisões erradas e distantes de Deus. Por quê? O que justifica esse comportamento? 

O problema, geralmente, se inicia bem antes do casamento: na infância

A forma de reagir a determinadas situações de pressão depende de decisões que começam a ser tomadas ainda na infância.

Gn 4.1 Conheceu Adão a Eva, sua mulher; ela concebeu e, tendo dado à luz a Caim, disse: Alcancei do Senhor um varão.

2 Tornou a dar à luz um filho, a seu irmão Abel. Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.

3 Ao cabo de dias trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor.

4 Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. Ora, atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta,

5 mas para Caim e para a sua oferta não atentou. Pelo que irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.

6 Então o Senhor perguntou a Caim: Por que te iraste? e por que está descaído o teu semblante?

7 Porventura se procederes bem, não se há de levantar o teu semblante? e se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo; mas sobre ele tu deves dominar.

8 Falou Caim com o seu irmão Abel. E, estando eles no campo, Caim se levantou contra o seu irmão Abel, e o matou.

9 Perguntou, pois, o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Respondeu ele: Não sei; sou eu o guarda do meu irmão?

Caim foi o primeiro filho de Adão e Eva. Abel foi o segundo.

Os dois nasceram como frutos do amor de seus pais.

O nascimento de Caim foi motivo de alegria para sua mãe: "Com o auxílio do SENHOR tive um filho homem".

Certamente Adão e Eva devem ter criado seus filhos com o mesmo carinho e atenção.

Quem poderia imaginar que o mais velho mataria o mais jovem?

Por que, em algumas famílias, filhos ensinados com o mesmo carinho e educação

Seguem por caminhos tão diferentes?

Um é o orgulho do pai; o outro, motivo da insônia da mãe.

Mas será que realmente os filhos recebem a mesma atenção?

Vejamos:

Quando existe somente um filho, a atenção da casa está voltada somente para ele. Quando nasce o segundo, apesar dos pais pensarem estar dividindo a atenção igualmente, acabam dando atenção ao mais novo, por ser mais indefeso.

Quando se tem apenas um filho, a mãe corre ao menor sinal de choro do bebê, criando uma sensação de domínio do choro em relação à mãe (bebê chora, mãe aparece; bebê não chora, mãe não aparece).

 Quando nasce o segundo filho e a mãe faz o mesmo, o primogênito sente seu poder ameaçado e passa a chorar mais alto ou usar de outros meios para chamar a atenção (desobediência, teimosia).

O filho mais velho recebe uma carga de atenção e cuidado muito maior que os demais filhos. Normalmente, por ser mais estimulado por adultos, anda mais rápido, aprende a falar com menos erros de linguagem. É o exemplo para os outros irmãos.

Os caçulas são joviais, tendem a amadurecer um pouco mais tarde, até por muitas vezes ser visto como o bebê da casa: mantêm os apelidos de infância (Carlinhos, Paulinho)
Por aprender e ser estimulado pelos irmãos, o caçula se sai bem no convívio com outras crianças e, futuramente, pode ser, inclusive, mais hábil em negociações.

O irmão do meio tende a ser mais controlado e sofre um pouco pela dificuldade de definir seu papel (não é nem o mais velho nem o caçula). Por outro lado, é um grande mediador entre os outros irmãos. “Não tem a pressão por ser o mais velho nem é visto de maneira tão infantil.”

Mas tudo é uma questão de escolha:

Gênesis 4.7: "Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo".

Caim não procedeu de forma adequada ao permitir que o pecado o dominasse.

Sua derrota explica o porquê de tantos estarem perdidos em seus relacionamentos.

Os casais passam de forma diferentes por crises semelhantes porque tomam decisões diferentes diante do dilema vivido por Caim: seguir diante da orientação de Deus ou abandoná-lo, fazendo coisas erradas como se Deus não estivesse vendo.

O que importa não é como o problema entrou na nossa casa, mas como vamos resolvê-lo, juntos. Isto porque nossa atitude não pode estar baseada em:

       • Circunstâncias: não podemos controlar o que nos acontece, mas somos 

          totalmente responsáveis por nossa reação àquilo que acontece conosco.

Eu traí porque você não me dava atenção.

       • Causa do problema: o passado já passou e está fora de seu controle; você é 

          responsável por não permitir que ele controle o presente.

Não importa de quem foi a culpa, se houve arrependimento.

       • Limitações: já que todos enfrentam limitações de algum tipo — falta de talento, pouco dinheiro, escassez de oportunidades ou aparência não privilegiada — você precisa aprender a superá-las.

       • Outras pessoas: apenas você é o responsável pelas escolhas que faz hoje; 

Você pode ter sido ferido no passado, mas depende de você curar as mágoas.

Deus cobrou de Adão, que colocou a culpa em Eva, que colocou a culpa na serpente, que só faltou colocar a culpa no próprio Deus.

A culpa não é somente de um... mas dos dois.

Ou se passa toda a vida tentando achar o culpado, ou se é feliz no casamento.

É a falta de uma boa atitude diante das dificuldades que tem desmantelado a vida de tantos casais.

Uma vida de insucessos em qualquer área começa com o envenenamento da atitude do nosso coração. Por isso, a cura começa também pelo tratamento dessa atitude.

Mt 19.19 b amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Significa que o teu próximo tem o mesmo valor que você.

Você não é mais importante que esta pessoa que está ao seu lado (que é o próximo mais próximo que você tem).

Ef 5. 25 Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela.

Amor incondicional: não tente mudá-la... ajude-a a ver suas limitações.

Se entregue ao relacionamento... ele é prioridade.

Pv 31. 10 Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de jóias preciosas.

11 O coração do seu marido confia nela, e não lhe haverá falta de lucro.

12 Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.

Seja confiável...se preocupe em fazer o bem ao marido.

TOME UMA ATTUDE AGORA!!

- PERDOE AS FALHAS DO PASSADO.

- RENOVE A SUA ALIANÇA COM SEU CÔNJUGE.

Perdão definitivo para a quebra de confiança já perdoado, mas não lançado no mar do esquecimento.

Perdão para as quebras de confiança ainda não perdoadas.

- RENOVE AS ALIANÇAS COM OS FILHOS.

Que Deus te abençoe grandemente!!!

Fontes de inspiração: Bíblia, Livro: Síndrome de Caim, outros textos retirados da internet.